Foram feitos cálculos na planilha do sistema de transporte, onde a tarifa deveria estar em R$ 1,80 e não R$ 2.
Foto: Jerry Araújo. E-Mail: manausmanabus@ymail.com Arq. 12032008
O vereador José Ricardo Wendling (PT) afirmou nesta terça-feira (19), que a planilha de base de cálculo do consórcio TransManaus, enviada para a Câmara Municipal de Manaus (CMM) no dia 8 de Maio de 2009, é inconsistente e está com falta de clareza.
Por essa base de cálculo da empresa, em fevereiro do ano passado a passagem deveria ser de R$ 2,24 e este ano passaria a R$ 2,64. Mas estudo encomendado pelo deputado federal Praciano e com apoio do vereador mostra erros de cálculo. Por isso, José Ricardo propõe audiência pública, juntamente com o vereador Ademar Bandeira (PT), a fim de se produzir uma planilha de custos do transporte coletivo de Manaus, convidando técnicos e entidades da área.
De acordo com o parlamentar (e que foi constatado pelo estudo feito pelo economista e auditor Juarez Baldoíno), a TransManaus disse que em fevereiro do ano passado 15,4 milhões de passageiros utilizaram mensalmente o sistema, quando deveria ter prestado o serviço a 18,6 milhões de pessoas em um mês, pelo cálculo feito pelo auditor. "Este último número deveria ser o cálculo correto. E essa diferença elevou o preço proposto da tarifa para R$ 2,24, quando deveria ser R$ 1,85", ressalta José Ricardo. Ele também cita os números divergentes da mão-de-obra (motoristas) utilizada no sistema.
Em 2008, a TransManaus divulgava que utilização no setor de 2,3 motoristas por ônibus, nas escalas diárias de trabalho. Já na base de cálculo enviada este mês à CMM, fala-se em 2,84 motoristas por coletivo. "Houve esse aumento subido e sem explicações. Mas é bom se enfatizar que esse item é fator determinante na planilha. E o valor da tarifa cairia ainda mais (R$ 1,74), se os empresários não estivessem utilizados números divergentes no fator de utilização de motoristas por escala de trabalho", completa José Ricardo.
"Essa é a hora de se discutir e se dividir as informações da planilha de custos do transporte coletivo", declara o vereador, ressaltando que há dois meses vem solicitando do Sinetran e da CMM as cópias dos balancetes das empresas e que agora entrará na Justiça para ter o direito à informação.
Serão convidados para debater a construção de uma planilha de custos para o transporte coletivo, por meio de uma audiência pública a ser realizada na Câmara Municipal, os Conselhos Regionais de Economia (CORECON), de Contabilidade (CORECON, de Engenharia e Arquitetura (CREA), Conselho Municipal de Transporte, Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (SINETRAM) e a sociedade em geral. "Se esses dados não forem clareados, não podemos aceitar estudos repassados pelos empresários, que irão defender seus interesses. E nós temos que defender o interesse da população, que é prejudicada todos os dias com um sistema precário. Por isso, essa base de cálculo da TransManaus, propondo reajuste, não tem credibilidade", conclui José Ricardo.
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