Transporte>> IMTT terá que explicar situação do sistema urbano

O vereador José Ricardo Wendling (PT) apresentou requerimento na tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), solicitando a presença da presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transportes(IMTT), Ivete Barros, para esclarecer a situação dos ônibus executivos, a presença da Eucatur em linhas alternativas, denúncias de venda de licenças, bem como reajuste da tarifa do executivo.

De acordo com os noticiários locais, os permissionários denunciam o setor financeiro do IMTT, que estaria liberando licenças para operar os ônibus executivos no valor de R$ 40 mil. Além disso, reportagens mostram a continuidade das kombis-lotação da cidade, que já está proibido por decreto desde fevereiro deste ano. E não se pode esquecer das declarações do próprio prefeito de Manaus, afirmando que no IMTT rolava propina, para justificar a privatização no Instituto, bem como as declarações da presidência do Conselho Regional de Economia (CORECON), que faz parte do Conselho Municipal de Transporte, de que não participou das discussões para o aumento do transporte executivo.

>>Eucatur pode estar envolvida com linhas executivas

Para José Ricardo, há um total descontrole no transporte da cidade de Manaus. Ele citou ainda as declarações do diretor da Eucatur, Algacyr Gurgacz, que confirmou que paga aproximadamente R$ 70 mil por mês pela locação de cinco micro-ônibus que exploram a linha 851 do sistema de transporte executivo, como acerto feito de forma verbal no início do ano pelo ex-diretor do IMTT, Ayr José. “Temos problemas sérios no setor. A Prefeitura não está tendo competência para gerenciar e fiscalizar o sistema de transporte, como ainda para tratar da tarifa e da planilha”, declarou, ressaltando a necessidade de ser debater esses assuntos porque tanto a CMM quanto à população precisam saber o que o poder público está fazendo para solucionar esses impasses no sistema.

>>Cadê a Prefeitura?

O vereador lembrou das dispensas de licitação feita pela Prefeitura de Manaus - operação tapa-buraco, em fevereiro deste ano, no valor de R$ 8 milhões; e operação para beneficiar as vítimas das cheias, no último mês de julho, no valor de R$ 20 milhões - para questionar o porquê que o executivo municipal ainda não prestou assistência aos moradores que estão sofrendo com deslizamentos no bairro do Educandos, zona Sul, que no último final de semana fez uma criança como vítima fatal.

Por isso, José Ricardo está cobrando há um mês a aprovação de requerimento apresentado no dia 12 de agosto deste ano, convocando o secretário Municipal de Obras, Américo Gorayeb. Porém, esse requerimento entrou em pauta na manhã de hoje, sendo rejeitado pelos parlamentares da base do executivo. “Isso demonstra que a Casa não tem interesse em melhor conhecer os resultados do plano emergencial e as obras que serão realizadas nas áreas atingidas pelas chuvas, bem como a fundamentação legal sobre a dispensa de licitação. Enquanto vereadores, precisamos fiscalizar as obras públicas e saber onde estão gastando os recursos públicos”.

Fonte: Assessoria de Com. do Vereador
Foto: Jerry Araújo/Arq09032008

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